
Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou projeto que determina o empréstimo compulsório sobre grandes fortunas a fim de arrecadar recursos para o combate a Covid-19 e auxiliar o país na recuperação de sua atividade econômica.
A proposta consiste na cobrança de uma alíquota de 3% sobre patrimônios superiores a R$ 1 bilhão. De acordo com o texto, o empréstimo poderá ser pago no prazo máximo de 20 anos. “Um corte de apenas 3% na fortuna desses bilionários não os tornará pobres, muito menos os colocará em crise financeira, nem reduzirá seu padrão de vida”, argumentou o presidente do PSB em Goiás. Pelos cálculos do deputado, será possível arrecadar cerca de R$ 36 bilhões.
Para exemplificar a desigualdade que assola o país, Elias usou dados da Revista Forbes que revelam que 206 brasileiros tem um patrimônio superior a R$ 1 bilhão. “Somos 210 milhões de habitantes, a maioria com renda de até dois salários mínimos. E um grupo de 206 pessoas detém R$ 1,2 trilhão. Muito tem se falado do esforço que a sociedade precisa fazer na luta contra a crise, mas, até o momento, só foram propostos cortes nos salários dos trabalhadores, na faixa de 30% e 40%”, explica.
Projeto de Lei 687/20
Além da proposta de empréstimo aos bilionários, a bancada do PSB apresentou o Projeto de Lei 687/20 que proíbe o corte de luz, água e gás dos mais pobres por não pagamento das contas durante a pandemia do novo coronavírus.
A proposta tramita na Câmara dos Deputados e além de Elias, contou com a colaboração dos deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), líder do partido na Casa, Vilson da Fetaemg (PSB-MG), Tadeu Alencar (PSB-PE), Cássio Andrade (PSB-PA), Rodrigo Agostinho (PSB-SP) e Ricardo Silva (PSB-SP), suplente do deputado Luiz Flávio Gomes (PSB-SP).