Na despedida da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-21), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) reforçou, nesta sexta-feira (11), em Paris, que as energias renováveis cheguem a 25% da matriz energética brasileira até o ano de 2030. O presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional – que cumpre agenda na COP-21– acredita que, a partir da ampliação das "energia limpas" na matriz energética, o governo brasileiro não só aumentará a oferta de outros tipos de energia à população, como também poupará a água dos reservatórios.
“A atuação da CMMC está focada no sentido de privilegiar a ampliação das energias renováveis na nossa matriz energética; principalmente a eólica, a solar e a de biomassa”, disse o senador, durante o Fórum de discussões sobre os resultados da COP-21. Durante o encontro – que reuniu a delegação de parlamentares brasileiros presentes à conferência mundial da ONU – Fernando Bezerra ressaltou que a diminuição do uso da água armazenada para a produção de energia hidrelétrica poderá, ainda, contribuir para a solução da crise hídrica enfrentada pelo Brasil, principalmente, no Vale do São Francisco, na Região Nordeste.
“O país tem condições de fazer uma complementaridade perfeita entre a hidroeletricidade e as energias renováveis – especialmente, a energia solar – para um maior armazenamento da água dos lagos das usinas hidrelétricas; especialmente, aquelas localizadas na região do Rio São Francisco”, reforçou o presidente da CMMC.
Protagonismo brasileiro
Pela proposta do governo federal apresentada durante a COP-21 – contida na Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC/Brasil) – o percentual de participação das energias renováveis (sem considerar a hidrelétrica) na matriz energética nacional chegará a 23%, em 2030. Na avaliação de Fernando Bezerra Coelho, as propostas do Brasil conquistaram protagonismo e o interesse das mais de 190 nações que participaram da COP-21.
“Foi o país que apresentou a melhor proposta do ponto de vista da redução de emissões (de gases que provocam o efeito estufa). (…) E também é o grande exemplo; sobretudo, na redução do desmatamento da floresta amazônica.”
A proposta central da iNDC/Brasil para a COP-21 é que “o país, até o final deste século, envidará esforços para uma transição a sistemas de energia baseados em fontes renováveis e descarbonização da economia mundial, no contexto do desenvolvimento sustentável e do acesso aos meios financeiros e tecnológicos necessários para tal transição”.
Entre as principais metas brasileiras, destacam-se o fim do desmatamento ilegal, o reflorestamento de 12 milhões de hectares de terra, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de cinco milhões de hectares, entre lavouras, pastagens e florestas.
Com informações da assessoria de comunicação do senador Fernando Bezerra Coelho