Em discurso no plenário da Câmara, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) cobrou nesta terça-feira (25) que a Casa enfrente de forma estratégica e corajosa um importante tema para a sociedade brasileira: a reforma política. A parlamentar afirmou que, por estarmos em um ano eleitoral, trata-se de um tema fundamental para os brasileiros, que em outubro irão às urnas mais uma vez. “Precisamos ter uma pauta de debates e votações nesta Casa que contribua para se quebrar os gargalos e os pontos que impedem que o País se desenvolva, que resolva problemas estruturais”, avaliou a deputada.
Erundina afirmou que a reforma política é um tema que precisa ser encarado por todas as forças políticas da Casa. “Está provado que soluções parciais e apenas mudanças de regras eleitorais não resolvem as distorções que existem em nosso sistema político eleitoral e partidário”, disse.
A deputada lembrou ainda que a sociedade civil tem dado sua contribuição na medida em que aprova a lei de combate à corrupção eleitoral, importante instrumento para corrigir desvios éticos de lideranças políticas eleitas e que traem o voto popular. Outro avanço, na avaliação da deputada socialista, é a ficha limpa, de iniciativa popular. “Esta é a única iniciativa que deu certo nos últimos anos e tem contribuído para atenuar a gravidade dos desvios éticos em nosso País”, avaliou.
Ao encerrar seu pronunciamento, Erundina destacou outra iniciativa popular. “Agora a sociedade retoma, por meio de uma iniciativa de várias entidades da sociedade civil, um projeto de reforma política democrática para instalar eleições limpas”, relatou ela lembrando que CNBB, OAB e outras tantas entidades já estão em campanha para colher assinaturas de apoio a esta iniciativa popular.
Segundo ela, trata-se de uma tentativa de resolver questões estruturais e estruturantes das disfunções do sistema eleitoral, partidário e político em nosso País. A deputada do PSB fez um apelo: “Vamos nos somar a essas entidades e buscar avançar nesse debate e na solução desse grave problema de nosso País”, concluiu.