O deputado federal Paulo Foletto (PSB-ES) defenderá na Câmara a votação da reforma política nesta legislatura. Para o socialista, pelo menos as pautas que são consensuais devem ser votadas o quanto antes, como o mandato de cinco anos sem reeleição para cargo executivo, coincidência no calendário eleitoral e menor intromissão da iniciativa privada nos processos eleitorais. "Se a eleição for feita de cinco em cinco anos daremos mais consistência a trabalhos que realizados pelos executivos e, com isso, o legislativo também se fortalecerá."
O socialista também vai trabalhar pela maior penalização de crimes do menor e do maior, pelo novo pacto federativo e pela atenção à Saúde. Para Foletto, a reformulação do pacto federativo está diretamente ligada a melhor qualidade na saúde brasileira. De acordo com ele, os municípios atualmente não têm condições financeiras de cumprir suas obrigações legais em áreas fundamentais para população, como saúde, educação e saneamento básico. "O novo pacto deverá dar sobrevivência aos municípios."
O financiamento hoje destinado à Saúde, segundo o parlamentar, além de ser mal gerido, muitas vezes sofre corrupção no processo. É o caso da máfia das próteses denunciada pela TV Globo em que médicos ganham propina para fazer cirurgias superfaturadas e, às vezes, desnecessárias.
Para Foletto, não só esse caso de corrupção, mas todos os outros que envolvem dinheiro público, como é o caso da Petrobras, devem ser punidos de forma exemplar. "Precisamos renovar lideranças políticas para que tenhamos jovens interessados no serviço público não para lucro próprio, mas sim para o desenvolvimento da sociedade."
No Congresso, o socialista acredita que o PSB deve combater com rigidez os casos de corrupção. Para ele, o Partido precisa recriar sua identidade e para isso precisa da consciência coletiva dos parlamentares. "Temos que nos posicionar na esfera nacional como oposição consistente e sempre em busca do melhor para população brasileira."
Aos eleitores, Foletto agradece o voto de confiança e pede que participem de seu mandato. "Preciso que me acionem, que me critiquem caso tome um posicionamento que seja contrário às necessidades da população, principalmente dos mais necessitados. A participação do cidadão capixaba é fundamental para que eu possa produzir", finaliza.