Durante a campanha eleitoral, a então candidata à presidência Dilma Rousseff acusou seus adversários de, uma vez eleitos, colocarem em risco programas como o Minha Casa Minha Vida, o Fies e o Pronatec.
Um ano depois, o governo federal admite “revisar” os investimentos nesses programas que serviram como vitrine do PT na disputa eleitoral de 2014. Em entrevista à Globonews, nessa segunda-feira, 7, o ministro do Planejamento Nelson Barbosa confirmou que os programas sofrerão uma “revisão”.
“Nós revisamos vários programas. Revisamos o Fies, por exemplo. O Pronatec, que é aquele programa de ensino técnico, nós mantivemos. Nós revisamos as suas metas, o seu tamanho. Estamos consolidando a nova fase do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, que vai contratar 3 milhões de casas, mas a execução desse programa vai ser mais alongada para respeitar a restrição fiscal que nós temos”, disse Barbosa.
Para o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a decisão de cortar investimentos em programas sociais, em um cenário de recessão e déficit orçamentário, revela a diferença entre o discurso de campanha e as ações no governo. “Enquanto a inflação e o desemprego crescem, na tentativa de consertar seus próprios erros, Dilma penaliza aqueles que mais precisam das políticas públicas”, critica Siqueira.
Nesta terça-feira, ao sair da reunião de coordenação do governo, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, também falou sobre a decisão de adequar o Minha Casa Minha Vida ao orçamento deficitário.
“É um programa de grande impacto social e orçamentário e a fase 3, certamente, vai ser continuidade disso. Evidentemente, ajustada à disponibilidade orçamentária. Não creio que haja nenhum adiamento [do evento de quinta] mas há, simplesmente, essa fase final de alinhamento do programa com o Orçamento da União”, afirmou Berzoini.
Assessoria de Comunicação/PSB