Jonas Donizette (PSB) demonstrou ser o candidato mais preparado entre os sete postulantes à Prefeitura de Campinas. No debate transmitido pela VTV, emissora afiliada ao SBT, Jonas respondeu de maneira segura e serena às perguntas dos jornalistas e às provocações de adversários.
No debate transmitido ao vivo entre a noite desta terça-feira (18) e o início da madrugada de hoje, o candidato da coligação Toda Força para Campinas teve oportunidades para expor propostas de governo para áreas sensíveis da administração pública, como Infraestrutura, Transportes e Saúde.
Entre todos os candidatos, Jonas foi o único que obteve direito de resposta, em duas ocasiões. No primeiro momento, respondeu aos ataques em relação aos pedágios. Depois, falou de sua posição em relação à crise política de 2011 que culminou com a cassação de dois prefeitos.
“Mais que as palavras, são as ações que valem: apresentei em 2005, como deputado estadual, o projeto de lei 68 que impede a cobrança de pedágio urbano no Estado de São Paulo. Portanto sou contra qualquer tipo de pedágio urbano”.
Quanto à cobrança ponto a ponto que está sendo instalado na rodovia Santos Dumont, Jonas deixou claro que o sistema é opcional para os usuários. “Convido qualquer um de vocês a passar de carro pelo pórtico que foi mostrado na televisão. Não há cobrança”, esclareceu.
Em relação ao seu posicionamento durante a crise política do ano passado, Jonas Donizette afirmou que estava em Brasília trabalhando como deputado federal por Campinas. “Além disso, os vereadores do meu partido, o PSB, votaram pelo afastamento e pela cassação do prefeito”.
Jonas lembrou ainda da declaração pública que fez de que se candidataria à Prefeitura para o mandato-tampão, caso a eleição fosse pelo voto direto.
“Como a eleição foi indireta, meu partido apresentou um candidato, mas ficou difícil concorrer com aquele que assinou o aumento de 126% para os vereadores. Mas agora é diferente: não vão ser apenas 33 pessoas que vão escolher o prefeito, mas quase 800 mil”, ressaltou.
Ainda sobre a crise política do ano passado, Jonas alertou que a Sanasa, que esteve no centro do maior escândalo de corrupção da história de Campinas, vem sendo gerida de forma temerária pelo atual governo. “De dezembro de 2011 para cá a folha de pagamento da Sanasa saltou de 37% para 51%. Chamo esse inchaço administrativo de choque de gastão”, ironizou.
Provocado, Jonas ainda esclareceu seu posicionamento sobre o salário mínimo. As duas emendas apresentadas pela oposição, que ele votou contra, majoravam o salário para no máximo R$ 560. O projeto votado favoravelmente, apresentado pelo governo Dilma, garantiu ganhos acima da inflação e hoje o salário mínimo é de R$ 622. “Mas quem me ataca, talvez nem saiba quanto é o salário mínimo”, afirmou.
Ao final do debate, Jonas Donizette conclamou os eleitores a refletir sobre as propostas de seu plano de governo, que tem como coordenador Carlos Henrique de Brito Cruz, ex-reitor da Unicamp e diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) . “Vamos reunir a melhor equipe de governo que essa cidade já teve, pessoas comprometidas com Campinas”, afirmou.