Em discurso nesta terça-feira (4), a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP) elogiou o trabalho de assistência social realizado pelo Centro de Referência da Mulher – Casa Eliane de Grammont, em São Paulo. A parlamentar visitou a entidade na última semana, quando esteve na capital para participar de audiência pública da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher.
Keiko disse que na visita pode identificar as dificuldades do poder público paulista no enfrentamento à violência. “Justamente por ter tido a oportunidade de verificar in loco os serviços oferecidos às mulheres vítimas de violência, que destaco aqui a importância da Casa Eliane Grammont, que serve de modelo do que é possível se fazer para lidar com esta questão”, declarou.
A entidade foi criada há 20 anos pela então prefeita e atual deputada federal, Luiza Erundina (PSB-SP), e atende aproximadamente 500 pessoas por mês. O espaço fornece gratuitamente atendimento psicológico, social e jurídico para as mulheres em situação de violência doméstica e violência de gênero. Keiko ressalta que, além de oferecer orientação, o local serve como um espaço de reflexão e de fortalecimento da autoestima das mulheres, que se veem vítimas de alguma situação violenta. “Conheci mulheres que estão lá há nove anos”, contou a parlamentar.
Keiko elogiou ainda o trabalho das gestoras da Casa, Branca Paperetti e Maria Elisa Santos Braga, e se comprometeu a lutar para que esses espaços continuem em pleno funcionamento. “No que depender de mim, que sou mulher, mãe e vítima de violência por ter perdido meu filho Ives Ota brutalmente assassinado aos oito anos, vou me empenhar para que melhoremos a situação da Casa Eliane de Grammont”, garantiu.
Quem foi Eliane de Grammont – Eliane de Grammont foi uma cantora assassinada por seu ex-marido alguns meses após a sua separação, em 30 de março de 1981, no Café Belle Époque, no bairro da Bela Vista, São Paulo. Este foi um dos casos mais importantes na mobilização das mulheres brasileiras em relação à violência contra a mulher.
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