A cerimônia de posse da nova ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ocorreu na última sexta-feira (10), um dia depois da Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que o Ministério Público pode entrar com a ação penal, em casos de violência doméstica, mesmo que a mulher decida voltar atrás na acusação contra seu companheiro. Presente na cerimônia, a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP), comemorou a validação a Lei Maria da Penha e elogiou a escolha da presidenta Dilma Rousseff.
“Ninguém melhor para compreender a opressão e a violência que as mulheres sofrem que Eleonora, que foi vítima da ditadura militar”, avaliou. Professora e socióloga, Eleonora Menicucci dividiu cela com Dilma Rousseff no Presídio Tiradentes. Dilma, no entanto, cuidou de elencar a trajetória de competência construída pela nova ministra quando deixou as celas da ditadura. “Escolhi Eleonora pelo conjunto da obra. Ela conquistou espaço e desenvolveu uma trajetória de competência na luta de políticas para as mulheres”, afirmou. Dilma finalizou dizendo que a socióloga é uma feminista que vai seguir as diretrizes do governo mais feminino que o Brasil já teve.
“Eleonora vai integrar o governo mais feminino da história do país não apenas porque tem uma mulher na Presidência da República e dez mulheres à frente dos ministérios. É um governo feminino, porque homens e mulheres do governo reconhecem a importância da mulher e seus direitos na sociedade. Porque a Presidência da República e todos seus ministros respeitam e defendem a igualdade de gênero. Nossas políticas tratam as mulheres em condições de igualdade”, pontuou a presidenta.
A nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci, disse que as prioridades da pasta para esse ano serão investir na esfera do trabalho, sobretudo no campo das trabalhadoras domésticas, e no combate à pobreza. “Para isso, é preciso assegurar a garantia de direitos e acesso à informação, à capacitação e ao mercado de trabalho. Também não se pode aceitar que, ainda hoje, as mulheres sejam objetos de qualquer forma de violência”, ressaltou.