O candidato à prefeitura de São Paulo Márcio França (PSB) recebeu de apoiadores um manifesto pelo voto progressista. “Ser progressista é garantir a todos as mesmas oportunidades”, disse o socialista, acompanhado de apoiadores e membros do seu comitê no Sindicato dos Metalúrgicos, na Liberdade, região central da cidade. O encontro foi no último final de semana.
Apoiada por uma coligação de seis partidos – PSB, PDT, Solidariedade, Avante, PMN e PMB – a chapa “Aqui tem Palavra”, que tem como vice o trabalhista Antônio Neto, recebeu com otimismo o resultado da última pesquisa Datafolha. Com 10%, França projeta chegar ao segundo turno.
Uma das propostas de França para conter o desemprego na capital paulistana é criar uma frente de trabalho com 150 mil postos para a zeladoria de São Paulo. Os contratados deverão trabalhar três dias por semana, seis horas por dia, e receberão 600 reais por mês, além de cesta básica, vale-transporte e auxílio da prefeitura para se requalificar. “A ideia é criar frentes de trabalho pela prefeitura e depois ajudar as pessoas a serem recolocadas em seus serviços”, explicou.
Aos moradores de Heliópolis, onde fez carreata, bandeiragem e teve reuniões com jovens, o candidato prometeu flexibilizar os horários das creches para beneficiar as mães que trabalham fora e a ampliar o número de vagas nas unidades educacionais que ficam próximas a estações de metrô para tornar o serviço mais acessível às mães.
França afirmou que é possível aumentar o número de vagas porque não são creches municipais, mas conveniadas. “A gente faz o convênio com a entidade e, ao invés de contratar 60, contrato 120, amplio o número de vagas de creches”, explicou.
O socialista ainda falou sobre sua proposta de dobrar os investimentos em esportes e cultura. “Como nós vamos precisar de aulas nos finais de semana [no cenário pós-pandemia], vamos precisar de todos os clubes abertos com ajuda da prefeitura para poder ter esporte e cultura para todo mundo”, afirmou.
Outro projeto que faz parte do plano de governo de França é o programa de moradia popular com apartamentos na região central e lotes urbanizados nas periferias. O candidato pretende transformar prédios ociosos no centro de São Paulo em edifícios com apartamentos de até 50m².
Já na periferia, o plano é desapropriar ou comprar terrenos, fazer lotes de 125m² e dar cartão com crédito de 8 mil reais para as famílias comprarem o material de construção para erguerem suas casas.
“Nós queremos fazer 100 mil [moradias] por ano, vai precisar de um recurso substancial, a prefeitura tem R$ 700 milhões, o governo do Estado tem R$ 1,3 bilhão. Nós podemos fazer 100 mil [moradias] por ano se for com lote urbanizado e apartamentos pequenos”, defendeu.
Com informações do Metrópoles