O Partido Socialista Brasileiro condena as práticas de espionagem do sistema de guerra dos EUA, documentadas recentemente, mas de aplicação antiga.
Os EUA, que se auto-instituíram a missão de policiar o planeta e 'punir' seus desafetos, têm se envolvido em sucessivos escândalos de espionagem, deixando ainda mais visível seu praticante desrespeito à soberania dos países, ao direito internacional e às normas civilizadas de convivência entre os Estados, além de violar os direitos coletivos e individuais. Como reflexo de uma histórica prática de intervenção militar e diplomática (envolvendo embargos econômicos, suborno de autoridades locais e sabotagens) nos assuntos internos dos países que ousam discordar de sua cartilha, os EUA têm causado um insuportável desconforto e indignação ao promover programas de espionagem que visam às comunicações de cidadãos e governantes latino-americanos com fins geopolíticos e comerciais, para beneficiar suas empresas nos embates internacionais e conhecer, de forma desonesta e ilegal, operações sigilosas de governos estrangeiros.
As últimas revelações, que trouxeram à tona a inaceitável interceptação de conteúdo das comunicações da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores, exigem nosso repúdio. O Brasil, porém, além de exercer seu justo direito de defesa a esse ataque, precisa se aperfeiçoar tecnologicamente para evitar que esse tipo de espionagem ocorra.
O PSB parabeniza a iniciativa do Congresso Nacional brasileiro de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a agressão.
*Roberto Amaral, Primeiro Vice-Presidente e Coordenador de Relações Internacionais do PSB.