Ser referência na utilização dos meios democráticos em favor dos afrodescendentes para a promoção de políticas de igualdade racial, combate às discriminações causadas pela existência e na busca permanente de liberdade, justiça, inclusão social, igualdade de oportunidade e responsabilidade ambiental. É com este objetivo que a Negritude Socialista Brasileira (NSB) – Segmento Organizado do Partido Socialista Brasileiro (PSB) – lançou, para as eleições municipais de 2012, a candidatura de 124 filiados aos cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito em todo o País.
A secretária Nacional da Negritude Socialista Brasileira (NSB), Cristina Almeida, comemora o número de candidatos negros nas eleições deste ano. “Isso significa um avanço da forma do PSB governar, que é com respeito à diversidade. Essas candidaturas vão representar o fortalecimento da nossa luta dentro do parlamento. Não se pode falar em democracia, em desenvolvimento sem a gente compreender o processo de exclusão e de vulnerabilidade por qual passam determinados segmentos”, destaca a secretária.
Cristina Almeida também é candidata e concorrerá, pela primeira vez, à vaga de prefeita de Macapá (AP). Atualmente ela é deputada estadual do Amapá, pelo PSB.
“A candidatura de Cristina Almeida representa um povo e sua luta, representa a possibilidade de subversão de uma lógica unilateral que, em nosso país, ainda privilegia um estereótipo cultural. O mandato de Cristina Almeida, na prefeitura de Macapá, como é o de deputada estadual, será de todos: negros ou não. Fortalecer a sua candidatura é revigorar uma forma de ver e sentir a realidade de maneira plural, equânime e justa”, afirmou o primeiro-secretário Nacional do PSB, Carlos Siqueira.
Para Cristina, o PSB vem crescendo muito e está em uma posição estratégica, com vários candidatos e destaque nos Segmentos Socialistas. A secretária lembra ainda da Lei 10.639/03, que visa garantir, nos currículos escolares, a história e cultura da África e do povo brasileiro. Segundo ela, a Lei foi uma das maiores conquistas do movimento negro e da sociedade.
“Hoje é uma lei, e, nós estamos com muita dificuldade de fazer com que seja implementada e, desta forma, garantir a desconstrução da história do preconceito e do racismo através da educação. Acredito que a presença do afrodescendente no parlamento trará esse debate de uma forma mais permanente”, conclui Cristina Almeida.