O Partido Socialista Brasileiro vem tornar público sua posição diante da greve dos profissionais de educação da rede estadual e da rede municipal de educação do Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro, estado e capital do estado, sempre foram os dois grandes focos da resistência democrática do país. Hoje, vivemos nesse ambiente, uma greve que se prolonga por quase dois meses, resultado da atmosfera estabelecida de contraposição às atitudes antidemocráticas do governador e do prefeito da cidade. Diante de reivindicações dos profissionais de educação das duas redes de ensino, os mandatários acenam com propostas fora da realidade e que não atendem um mínimo das questões pleiteadas por esses profissionais.
O governador do estado sequer recebe o sindicato para procurar uma solução para o impasse. Ameaça os profissionais, ele e o seu secretário de educação, com corte de ponto, inquéritos administrativos e demissão. Logo ele, o governador, que, para se eleger no primeiro mandato, enviou carta a esses profissionais prometendo dar atenção especial à educação. A atenção especial reduziu-se a provocações constantes e permanentes, desrespeito aos profissionais, imposição de critérios nefastos para avaliação dos alunos e dos profissionais e remuneração irrisória. Por fim, extinguiu vários cargos do setor e várias escolas.
Já o prefeito da cidade, que aparentemente vive fora da realidade da administração, apresenta um Plano de Cargos de Carreira e Remuneração eivado de equívocos, a ponto de um profissional que trabalha mais horas semanais que outro ter remuneração menor. O prefeito também não mais recebe o sindicato que representa esses profissionais e busca a legitimação do seu PCCR através de sessão da Câmara de Vereadores já derrubada pela Justiça por ilegalidades.
Por fim, os dois mandatários, que não mantêm educadores como secretários de educação, se utilizam da truculência da Polícia Militar e da falta de diálogo para exercer os seus mandatos e, ainda, justificam suas atitudes alegando que os alunos estão sendo prejudicados com a greve. Ora, se a greve persiste é porque os administradores públicos não estão em sintonia com as necessidades da população e dos seus servidores.
Não há como tergiversar: os grandes culpados pela greve e pelos prejuízos causados aos alunos e às famílias são o Governador e o Prefeito do Rio de Janeiro.
Deputado Romário Faria – Presidente Estadual do PSB/RJ
Deputado Glauber Braga – Presidente Municipal PSB/RJ