Autor: Guilherme Cohen, filiado ao PSB-RJ e membro do Coletivo Judeus pela Democracia
Hoje, dia 27 de janeiro de 2020, lembramos os 75 anos da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, onde mais de 1 milhão de pessoas foram mortas durante o regime nazista alemão. A data, instituída em 2005 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), é considerada o dia internacional de recordação das vítimas do Holocausto.
Como membro da comunidade judaica, que perdeu familiares durante esse período terrível da nossa história, esse dia é muito emocionante para mim. Uma mistura de raiva, indignação, tristeza e decepção tomam conta nessa data. Essa semana será marcada por homenagens em todo o Brasil, pois acreditamos que é fundamental lembrar para que nunca mais se repita.
Mais do que lembrar e homenagear as vítimas dessa terrível passagem da história da humanidade, o dia de hoje serve para que essa barbárie jamais seja negada. O negacionismo e o revisionismo histórico são um perigo enorme e jamais podem ser tolerados. Em um momento em que tentam apagar ou alterar a história, é mais que necessário; é fundamental preservarmos a memória.
Além disso, em função do momento que estamos vivendo, essa data também serve como um alerta. O avanço da extrema-direita, dos discursos de ódio e violência não devem ser tolerados. Sob hipótese alguma.
Hoje é também um dia para lutar! Lutar contra o antissemitismo. Mas não apenas contra o antissemitismo. Lutar contra a LGBTfobia, a islamofobia, o machismo, o racismo. Enfim, lutar contra toda forma de preconceito e discriminação! É um dia para renovar as esperanças por dias melhores!
Hoje é um dia para dizer que não esqueceremos jamais! Mas também é um dia pra dizer que não deixaremos que se repita, com ninguém!