Carlos Siqueira
Presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro
Desde a campanha eleitoral o senhor presidente da República anunciou em alto e bom tom a que viria, se fosse eleito. Nesses termos, milita dia e noite para implantar os preceitos de seu darwinismo social, no qual os mais fortes se impõem pela força bruta e pela indecorosa ausência de empatia para com os outros – vide o ideário presidencial para o Covid-19.
Três exemplos desse “discurso de ódio”, na prática: carreatas em São Paulo, ao lado do
hospital de campanha do Pacaembu; agressões a profissionais de saúde no sábado (02) e a jornalistas neste domingo (03), as duas últimas ocorrências em Brasília.
Cabe notar que, do mesmo modo que o senhor presidente vem sendo limitado pelas instituições da República, seus seguidores mais exaltados – que têm se sentido à vontade para agredir quem deles discorde -, devem ser exemplarmente alcançados pela lei, respondendo por suas atitudes.
Repudiamos com toda nossa energia essas brutalidades de “varejo”, para que não se instaure entre nós, no “atacado”, um autoritarismo antimoderno, que desdenha da ciência, da racionalidade e da civilidade.
Para organizar a resistência temos, no entanto, que aprimorar os instrumentos da luta e nós, do Partido Socialistas Brasileiro – PSB, já temos as nossas: a prática resiliente de uma plataforma de não violência ativa.
É exatamente com base nela que exigimos dos poderes constituídos da República a mais
rigorosa punição dos inflamados pelo discurso de ódio presidencial, trazendo-os ao império da lei.