O presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, conduziu nesta quinta-feira (26), reunião com deputados da bancada socialista na Câmara para discutir os pontos defendidos pela Legenda para a reforma política. No entendimento de Siqueira, o encontro serviu para fortalecer o debate que influenciará tanto a sociedade, quanto a vida democrática.
“Tivemos contribuição substantiva de todos os deputados e colhemos opiniões para que, na próxima quinta-feira (5), a Executiva Nacional do PSB possa firmar e reafirmar posições sobre temas da Reforma, como o fim das coligações, a cláusula de barreira, mecanismos de participação popular e democracia participativa, dentre outros tantos que estarão em discussão nos próximos dias na Câmara e no Senado”, explicou o presidente.
Para o líder do Partido na Câmara dos Deputados, Fernando Coelho Filho (PE), a legenda está bem representada na Comissão Especial da Reforma Política na Casa. “Particularmente, acho que os companheiros que nos representam naquele grupo são talentosos e estão extremamente capacitados para esta tarefa. É importante que todas as posições do PSB sejam unificadas e defendidas por nós, no entanto temos contrapontos a serem externados e avaliados nesta reunião. Se cada partido estiver com o espírito de fazer a sua própria reforma, as coisas vão continuar do jeito que estão. O PSB tem que se unir para alavancar uma importante contribuição”, comentou.
Escolhido para a vaga de 3º vice-presidente da comissão especial, Tadeu Alencar (PE), afirmou ser de fundamental importância que haja consenso na aprovação de um debate amplo com sociedade civil, sindicatos e entidades estudantis. “Isso nos levará à possibilidade de alterar uma série de questões. Precisamos de clareza nos princípios discutidos, pois não acredito em reforma política sem pressão da sociedade. E se isso não acontecer, corremos o risco de sairmos dessa comissão com um sistema piorado”, explanou.
Na condição de suplente da Comissão Especial, a deputada Luiza Erundina (SP) acredita que essa reunião ainda não é suficiente para se chegar ao consenso sobre alguns pontos. “Por outro lado é um caso de emergência. Com a nossa participação ou não, a reforma vai acontecer ou já está acontecendo. Ou tiramos algum consenso e traduzimos isso em emendas pra ter uma oportunidade de influenciar no debate, ou ficaremos para trás”, completou Erundina.
Ainda de acordo com Erundina, outro ponto de reflexão é o momento em que esse debate está se dando. “Há crise política, institucional e indignação da sociedade. Participei de todos os grupos de trabalho para reforma e não chegamos a nada até hoje. É imprescindível a participação popular, pois os poucos frutos colhidos até hoje, foi por meio desse ato. Eu lembraria aqui a ficha limpa e o projeto de combate à corrupção eleitoral. O PSB precisa explicitar seus propósitos a respeito da reforma política o quanto antes”, concluiu.
Em seu primeiro mandato como deputado federal, o socialista Luciano Ducci (PR) também é integrante da mesa titular da comissão e avalia que está confiante na afirmação da legenda sobre o tema. “Sou parlamentar de primeiro mandato e não tenho acúmulo da discussão sobre Reforma Política de outros colegas mais antigos. Defendo bandeiras como a unificação das eleições e o fim da reeleição. São dois temas consensuais dentro da bancada, mas de qualquer forma vou aguardar a posição definitiva da legenda para dar seguimento nos trabalhos.”