O PSB ingressou com uma representação no Ministério Público do Distrito Federal com o objetivo de impedir a realização de manifestações que atentam contra o regime democrático e desrespeitam o isolamento social nesse fim de semana, na capital federal.
Além do presidente regional do PSB DF, Rodrigo Dias, os líderes do PT, PSOL, REDE, PV e PDT assinaram o documento que tenta impedir que o grupo conhecido como “Os 300 do Brasil” realize novo protesto com o mote “carreata pró-Bolsonaro e contra a ditadura do STF”.
O grupo que montou acampamento na Esplanada na última semana está convocando apoiadores de Bolsonaro de todo o país, por meio de vídeos nas redes sociais, para a carreata que além de ser uma ameaça ao sistema democrático oferece risco à saúde pública devido a atual necessidade de isolamento social.
A Polícia Militar do DF obrigou o grupo a desmontar as dezenas de barracas que haviam armado e os proibiu de se instalar em outro local público do centro de Brasília. Mas, pelo visto, insistem em promover aglomerações.
O documento protocolado no Ministério Público cita os ataques à Constituição feitos em protestos que contaram com a participação do presidente Jair Bolsonaro avalizando essas iniciativas nas últimas semanas: “Nas redes sociais e nas ruas, cresce o número de pessoas que defende a ruptura constitucional, na medida em que pedem a volta da ditadura militar e o fechamento de instituições sagradas à democracia brasileira, que são o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional”.
No texto há menção ao encorajamento de violência física e simbólica criada por tais atos “com a exibição de armas de alto calibre, visando intimidar adversários” e também ataques à mídia com agressões a jornalistas.
“Por atentarem contra o regime democrático, atos e manifestações dessa natureza precisam ser contidos”, diz o texto que também solicita o bloqueio da entrada de veículos no território do DF com o objetivo de participar dos atos, além de impedir definitivamente a instalação e funcionamento do acampamento “Os 300 pelo Brasil”.