O senador eleito Romário Faria (PSB-RJ) e o cartunista Maurício de Sousa participaram nesta quarta-feira (3), da 8° Semana da Valorização da Pessoa com Deficiência no Senado Federal. Com uma plateia de estudantes de escolas públicas de Brasília, o tetracampeão mundial de futebol e o criador da Turma da Mônica falaram sobre a importância da inclusão na data que marca o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Na avaliação de Romário, os personagens criados por Maurício são fruto de seu engajamento com a causa. “Ele é um dos melhores cartunistas do país. Uma pessoa que sempre atende aos pedidos de ajuda. Ele demonstra sua preocupação com nossa sociedade e mostra, com os personagens, a importância da inclusão”, disse. O senador falou também de seus projetos para as pessoas com deficiência e lamentou o fato da Copa 2014 ter perdido a oportunidade de promover a acessibilidade no Brasil.
Esses personagens habitam o imaginário de muitas gerações no Brasil. A protagonista Mônica, hoje com 50 anos, sempre ajudou crianças e jovens a lidarem com críticas e brincadeiras infantis. Os apelidos de “gorducha, baixinha e dentuça” já renderam muitas “coelhadas” ao levado Cebolinha. Após alguns anos, o desenhista avaliou que era um contrassenso não ter entre seus personagens as crianças com deficiência.
Foi, então, que surgiram gradativamente os personagens Humberto (surdo), Dorinha (cega), Luca (cadeirante), Tati (síndrome de Down) e mais recente, o André (autista). “Sempre quisemos fazer o desenho muito próximo à realidade da vida e todos nós tivemos amiguinhos com algum tipo de deficiência”, defendeu o cartunista, que diz ter se inspirado nos atletas paralímpicos na hora da criação. Ele ainda destacou que “um deficiente estimulado se torna supereficiente”.
Nesta quinta-feira (4), último dia de atividades, uma oficina de automaquiagem para mulheres cegas será conduzida pela idealizadora do projeto “Beleza que se vê”, Andréa Andrade, a partir das 9h, também no ILB. Os quadros dos artistas plásticos Flávio Luis da Silva, Marta Guedes e César Achkar Magalhães, da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), ficarão expostos até o dia 12 no Espaço Ivandro Cunha Lima.