A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi alvo, mais uma vez, das críticas do presidente da Comissão de Turismo e Desporto, deputado Romário (PSB-RJ). Em discurso no plenário Ulysses Guimarães, nesta segunda-feira (11), o parlamentar citou o grande poder de captação de recursos da seleção de futebol e fez vários questionamentos sobre contratos de um patrimônio do País, cujos trâmites realizados em seu nome precisam ser transparentes.
Alguns números referentes aos negócios entre a CBF e a empresa norte-americana Nike, foram citados no texto do parlamentar. Eles mostram que a seleção deverá receber 568 milhões de dólares, algo em torno de 994 milhões de reais, no período de 2013 a 2026. "Só neste ano de 2013, o faturamento da seleção com a Nike ficará em torno de 71 milhões de reais. E para o ano que vem, ano da Copa do Mundo, estão previstos mais 90 milhões", afirmou o ex-jogador.
Romário não entrou no mérito das parcerias, pelo fato da seleção ter um valor de mercado elevado, mas seguiu questionando. "A imprensa noticiou que o presidente da CBF, José Maria Marín, está insatisfeito com esses contratos. Aí eu pergunto: o que diz o contrato entre CBF e Nike, que não satisfaz o presidente Marín? Que cláusulas garantem a atualização dos valores dessa parceria?"
Outras perguntas a respeito de quem se beneficia com os negócios remunerados e com a comissão de mercado também foram levantadas pelo socialista. "Quanto somam essas comissões nos últimos cinco anos? Esses valores constam do balanço financeiro da CBF?", indagou o deputado.
Passado um ano da nova gestão, Romário finalizou seu discurso afirmando que está decepcionado com os rumos desta instituição. "Principalmente em razão da falta de transparência na condução desse patrimônio nacional que é a Seleção Brasileira de Futebol", finalizou.