Próxima reunião do projeto pretende fomentar o debate, entre os moradores das cidades e a legenda, sobre a realidade das regiões metropolitanas do DF.
A próxima edição do projeto Segundas Socialistas dedicada a discutir a segurança pública do Distrito Federal e Entorno reunirá representantes da zonais provisórias do PSB-DF. O debate será realizado na próxima segunda-feira (28), às 19h, na sede nacional do partido em Brasília: SCLN 304 – bloco A, sobreloja 1, entrada 63.
A reunião pretende fomentar o debate, entre os moradores das cidades e a legenda, sobre a realidade das regiões metropolitanas do DF.
Na primeira etapa temática do projeto, ocorrido no dia 14/05, o coronel da Polícia Militar do DF e consultor do Núcleo de Segurança Pública da Fundação Universa, Wellington Corsino, fez avaliação sobre as ações realizadas pelo governo para o setor. Coronel Corsino também destacou a importância da tecnologia da informação como instrumento de redução da criminalidade.
Confira o que foi discutido no primeiro encontro:
Gestão é considerada o maior paradigma para a segurança pública do DF
A falta de planejamento estratégico e global no combate à violência e na redução da criminalidade nas ruas do Distrito Federal foi pontuada como o principal entrave da segurança pública na capital do País. A colocação, feita pelo coronel da Polícia Militar do DF Wellington Corsino, deu início à discussão, realizada nesta segunda-feira (14), sobre as melhorias almejadas pela população do DF para o setor.
O também consultor do Núcleo de Segurança Pública da Fundação Universa, em Brasília, foi o convidado do primeiro encontro da edição do projeto Segundas Socialistas dedicada ao debate sobre segurança pública no DF e Entorno. Por mais de duas horas, socialistas e o especialista trocaram ideias sobre o que deve ser feito para reduzir números trágicos e colocar em prática o modelo integrado de segurança e policiamento. Até março deste ano, mais de 80 mortes violentas foram registradas pela Polícia Civil do DF.
Na avaliação de Corsino, o aumento no êxodo rural no Brasil – atualmente 84,4% dos brasileiros vivem nas grandes cidades – é um dos responsáveis pelo aumento da insegurança. “Esse crescimento faz com que os serviços públicos fiquei saturados, obsoletos, pois a constituição de grandes adensamentos urbanos aumenta ainda mais os fatores que geram a violência”, explicou.
Ainda de acordo com o coronel da PMDF, existem fatores capazes de impactar negativamente os índices de criminalidade, como a exclusão social, a competitividade característica de economias globalizadas, além da grave diminuição dos postos de trabalho. “O sistema democrático não está nivelado para que o sistema público trabalhe com rapidez e eficácia que a sociedade precisa. E a sensação de impunidade é o que mais retroalimenta a violência. Se você sabe que não será punido, você pratica a ilegalidade”, argumentou o coronel Corsino.
Palestrante e plateia concordaram sobre a importância de grande investimento de tecnologia da informação e de profissionalizar a gestão das cidades, com o foco na segurança pública de forma integrada, e não apenas ao combate ao crime. “É preciso modernizar as relações trabalhistas dos policiais. É preciso acabar com a ingerência política nas ações de segurança pública”, defendeu Wellington Corsino.
Exemplo socialista
Presente ao debate, o presidente do PSB-DF, Marcos Dantas, destacou o trabalho realizado pelo governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda, Eduardo Campos, na redução da violência no estado nordestino. Por meio do programa Pacto pela Vida, o governo estadual conseguiu reduzir, desde 2007, o número de homicídios. Em março de 2012 foram salvas 43 vidas e o Estado reduziu em 13,9% os índices de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), superando a meta prevista no Pacto.
“O Pacto pela Vida tem dado muito certo, a segurança pública tem melhorado de forma considerável, e isso é visível para todo o cidadão. Mas tudo é em função de uma política integrada atuante em todos os setores para conseguir a redução da criminalidade”, explicou o socialista.
Para Dantas, apenas com uma população crítica e atenta aos problemas das cidades será possível colocar em prática um projeto de eficiência para o setor no DF. "Os moradores do DF almejam ter mais segurança. As cidades do DF têm todas as condições para driblar a criminalidade, mas é preciso gestão e projeto consolidados para tornar o DF um lugar seguro, definitivamente", ressaltou o presidente distrital da legenda.