
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que as ações de estímulo à descarbonização são tratadas com prioridade pelo governo federal, o que leva o país a ter condições de se tornar líder global na transição ecológica no mundo. “O Brasil vai ser o grande líder mundial e o grande protagonista da sustentabilidade e da descarbonização”, afirmou. “A descarbonização é necessária. O mundo está vendo os efeitos das mudanças climáticas e a gravidade do aquecimento global”, destacou.
Alckmin participou da abertura da 23ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, nesta segunda-feira (23), em São Paulo. Ele citou os principais avanços nessa direção, como a política de estímulo à produção de biodiesel.
Segundo o vice-presidente, o percentual do biodiesel misturado ao combustível fóssil, que é de 12%, será elevado anualmente até chegar a 15% em 2026. “E já há estudos para se chegar a 20%”, afirmou. Além disso, um projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso eleva de 27,5% para 30% a mistura do etanol com a gasolina. Chamada de Combustível do Futuro, a proposta busca intensificar a inovação tecnológica e a descarbonização nas rotas de mobilidade.
Alckmin destacou, ainda, a possibilidade de o país produzir hidrogênio verde como alternativa de combustível para veículos híbridos. “O Brasil tem todas as oportunidades de rotas tecnológicas, o que é fundamental para o desenvolvimento sustentável”, disse.
Para o ministro, o Brasil, hoje, já é “um grande exemplo de energia limpa” para o mundo. “Temos a matriz energética mais limpa do planeta e a matriz de combustíveis mais limpa”, afirmou o ministro. “O mundo hoje depende de três florestas tropicais do planeta: Brasil, Indonésia e Congo. A maior do mundo é a Floresta Amazônica. Neste ano, o desmatamento já foi reduzido em mais de 48%.”
Aliança global
Para fortalecer ainda mais esse movimento no Brasil e no planeta, o governo brasileiro aderiu à Aliança Global para Biocombustíveis, lançada em setembro, na Índia, que conta com a participação dos três principais produtores do mundo – Brasil, Estados Unidos e Índia — para fomentar a produção sustentável e o uso de biocombustíveis no mundo. A Aliança reúne 19 países 12 organizações internacionais.
O uso de biocombustíveis na aviação e na navegação, também estudado na Aliança, contribuirá para reduzir as emissões dos respectivos setores, aumentará ainda mais o consumo mundial e a necessidade de ampliação do número de fornecedores.
Brasil-China
Seguindo seu giro para expor as ideias do governo para a chamada neoindustrialização, após a conferência da Datagro, o ministro Geraldo Alckmin participou da Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), que teve como tema “A Nova Agenda Brasil-China: Neoindustrialização e Sustentabilidade”.
Antes, participou de duas reuniões, uma com empresários brasileiros com negócios na China, e outra com empresários chineses. “Ouvimos os dois grupos para a gente ver como trabalhar ainda mais para avançar nesse trabalho recíproco. Temos uma enorme afinidade”, afirmou Alckmin.
A China é o mais importante parceiro comercial do Brasil. Conforme lembrou o vice-presidente, as áreas de parceria são diversas — vacinas, defensivos agrícolas, aviação, mineração, energia e setor automotivo, com as fábricas de veículos elétricos e híbridos —, e há ainda muito potencial para crescer. “Vamos fortalecer ainda mais essa relação que vai gerar emprego e melhorar a vida das pessoas”.
Com informações do Governo Federal e do Metrópoles