
Presidente do PSB, Rodrigo Dias, entregou o pedido ao procurador-geral de Justiça do DF, Georges Seigneur. Foto: Divulgação.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou procedimento de investigação para apurar a regularidade da operação de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A medida foi provocada por representação do PSB encaminhada pelo presidente regional do partido, Rodrigo Dias, ao procurador-geral de Justiça, Georges Seigneur.
Na ação, o PSB sustenta que a operação envolve um alto risco potencial e pode caracterizar uma violação da probidade administrativa e um crime contra o patrimônio público.
O partido também questiona a viabilidade da aquisição, visto que outros bancos privados avaliaram o Banco Master, mas não demonstraram interesse na compra ao identificarem ativos problemáticos na instituição, como precatórios e Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com rendimentos elevados.
Segundo a ação, a motivação por trás da operação e da compra pode ser um “resgate político-financeiro financiado pelo contribuinte”. No documento, o partido argumenta que a negociação representa “a salvação de um banqueiro e de quem estava exposto demais ao Master para deixá-lo fundar”.
“A pergunta que ressoa como fundamental é: por que um banco estatal compraria o Master, sendo este um ativo que ninguém mais quer? A real motivação –jamais dita em público– é simples: salvar o banqueiro. E, talvez, salvar também quem estava exposto demais ao Master para deixá-lo afundar. Ou seja, tal operação é um verdadeiro resgate político-financeiro patrocinado pelo contribuinte”, questiona o PSB.
O fato de o empresário Daniel Vorcaro, atual presidente do Master, permanecer no comando da instituição depois da transação, também é criticado na petição.