O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) apresentou, nesta quinta-feira (12), durante a 29ª edição da conferência do clima da ONU (COP29), em Baku, no Azerbaijão, um conjunto de metas climáticas que o país se compromete a atingir. Entre elas está a de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035.
O plano envolve todos os setores da economia e está alinhado ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais, mencionado no Balanço Global da COP28, em Dubai, em 2023.
Segundo Alckmin, em comparação aos níveis de 2005, a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira é “ambiciosa, porém factível” para avançar significativamente rumo à neutralidade climática até 2050.
“Ambiciosa, certamente, mas também factível. Para isso, entretanto, precisaremos, juntos, assegurar as condições e meios de implementação adequados. Nossa NDC é muito mais do que simplesmente uma meta de redução de emissões para 2035: reflete a visão de um país que se volta para o futuro e que está determinado a ser protagonista da nova economia global, com energias renováveis, combate à desigualdade e comprometimento com o desenvolvimento sustentável”, ressaltou.
A nova meta climática brasileira à COP29 será formalizada pelo vice-presidente nesta quarta-feira (13), juntamente com a ministra do Meio Ambiente e da Mudança Climática, Marina Silva, e demais ministros que integram a delegação brasileira, chefiada por Alckmin.
Durante o discurso, o vice-presidente destacou o papel do Brasil como potência ambiental e líder em segurança alimentar, com a maior floresta tropical do mundo e a matriz energética mais limpa entre as grandes economias. Ele enfatizou a responsabilidade do Brasil em adotar uma abordagem sustentável para o futuro e a necessidade de ações concretas para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Alckmin também salientou a importância de um financiamento climático adequado para limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC.
Em linha com a nova NDC, o Brasil está implementando o Plano Clima, que será o principal guia para a política climática brasileira até 2035, disse Alckmin. O plano concentra-se em áreas cruciais, como a transição energética, o combate ao desmatamento, a redução de emissões e o desenvolvimento sustentável. O representante oficial do Brasil também destacou o Pacto pela Transformação Ecológica, acordo firmado entre os três Poderes e apoiado pela sociedade civil, como um marco na colaboração democrática para enfrentar a crise climática.
O vice-presidente concluiu o discurso ao reforçar o compromisso do Brasil em liderar a resposta global às mudanças climáticas e em preparar o país para sediar a COP30 em Belém, em 2025. “A omissão do agora custará muito para o depois”, afirmou, destacando a importância de que as ações de hoje garantam um futuro sustentável e digno para as próximas gerações.
Com informações do Mdic