
Foto: Rinaldo Morelli/Agência CLDF
A deputada distrital e presidente da Comissão de Saúde (CSA) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Dayse Amarilio (PSB), debateu os desafios e soluções para a saúde pública no DF, em reunião pública que contou com a participação de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), conselhos de saúde, sindicatos e associações representantes de classe.
Os participantes criticaram o “processo de precarização” que a saúde pública vem enfrentando nos últimos anos e apontaram a necessidade de revisão das diretrizes pensadas pelo Executivo com relação à gestão do sistema.
A deputada elencou alguns pontos que considera preocupantes na gestão da saúde. A efetividade dos serviços prestados pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges/DF), que é responsável pelo Hospital de Base, pelo Hospital Regional de Santa Maria e por todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF, foi um dos pontos criticados pela parlamentar. Segundo ela, o atual governo tem optado por destinar recursos no Iges em detrimento do investimento direto na estrutura pública de saúde.
“Algo que temos ouvido bastante é que a saúde não tem recursos, mas o que temos percebido é que ela tem sim. São R$ 14 bilhões no orçamento da saúde do DF, mas como estamos alocando esses recursos?”, questionou.
Dayse também criticou o déficit de trabalhadores da saúde, que chega a 25 mil postos, comprometendo a qualidade do serviço prestado e evidenciando a ineficiência do uso dos recursos.
A enfermeira Lígia Maria também fez críticas ao modelo de gestão da saúde pública adotado desde 2018 com o Iges/DF. Para ela, o viés de privatização da gestão e da prestação dos serviços fere o princípio do interesse público relacionado à saúde. “É um modelo de morte, de precarização do trabalho”, afirmou.
Dayse Amarilio pediu ainda maior cobrança da população para que a CPI da Saúde, que tem como um de seus objetivos investigar possíveis irregularidades na gestão do Iges, siga adiante e entre na pauta da Câmara Legislativa. “É fundamental que se instale a CPI da Saúde. Precisamos fiscalizar o Iges”, defendeu.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Agência CLDF