“Precisamos ter políticas de Estado para a inovação”, afirmou Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, durante encontro nesta quarta-feira (30) com empresários na CNI (Confederação Nacional da Indústria). “O caminho mais curto e mais consensual para impactar na produtividade é exatamente o caminho da inovação. As empresas brasileiras ainda são muito tímidas nos investimentos à inovação.”
Eduardo lembrou que, durante sua gestão como ministro da Ciência e Tecnologia (janeiro de 2004 e julho de 2005), conseguiu a aprovação, por unanimidade, da Lei de Inovação Tecnológica, que resultou no marco regulatório para atividades de inovação de empresas, universidades e instituições de pesquisa.
“Sabemos que a pesquisa e desenvolvimento no Brasil nos últimos anos não andam bem. Nós tivemos um avanço e paramos. Retrocedemos no percentual de pesquisa e desenvolvimento em relação ao PIB. Retrocedemos nos incentivos, estagnamos nos incentivos da Lei do Bem [11.196/05]. Precisamos ter um olhar mais sistêmico sobre a inovação. Essa é uma tarefa da indústria também, do governo, da academia, dos institutos de pesquisa”, disse.
“A subvenção precisa ser um instrumento utilizado, como os Estados Unidos usam, o Japão usa, a Europa usa, para que possamos transformar conhecimento em tecnologia. O Brasil aprendeu a transformar dinheiro em pesquisa e ainda está aprendendo a transformar pesquisa em dinheiro. Esse caminho é um desafio fundamental para o Brasil, que precisa aprender a crescer”, afirmou o candidato da Coligação Unidos pelo Brasil.