Eduardo Campos disse, durante o encontro com empresários promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), que é fundamental aumentar os investimentos em infraestrutura no Brasil. Lembrou que, desde 2002, os investimentos em infraestrutura pública e privada não passam de 2,5% do PIB. “Nós precisamos alavancar isso para algo entre 3,5% e 5%”, defendeu em seu discurso.
Como alcançar esses percentuais? É preciso ter duas preocupações, afirmou o candidato da Coligação Unidos pelo Brasil. A primeira é com a regulação. “O Estado não tem no Orçamento recurso para fazer infraestrutura. Precisa da poupança interna e da poupança externa privada. Não pode se dar ao luxo de querer impor uma regulação que leve o empreender prejuízo. Porque dessa forma prejuízo fica tendo o país e a economia. Porque ninguém vai tirar dinheiro de uma aplicação para perder dinheiro num gasoduto, numa ferrovia, num terminal portuário”.
A segunda necessidade é acabar com o “preconceito”, disse. “É preciso não ter preconceito com o lucro num país capitalista. Você pode inclusive sonhar com outra sociedade. Mas enquanto você governa um país num sistema capitalista, o preconceito com o lucro mata o investimento. O investimento não vem e mata exatamente o crescimento e a prosperidade”.
“Quero dizer que fiz parceria público-privada no meu Estado, em áreas como saneamento, com grande debate com a sociedade, em áreas importantes como rodovia. E nós temos fazer parceria público-privada, concessões, com segurança jurídica para os que vão investir, para que para que possamos dar conta da alavancagem da infraestrutura deste país”, disse Eduardo.
Segundo Eduardo, o Brasil sabe fazer obras de infraestrutura. O que falta para que o país avance nessa área? “Falta é uma palavrinha mágica. Essa eu conheço, chama-se gestão. Capacidade de acompanhar até o fim. Tem que começar a fazer projetos de qualidade, licenciamento, monitorar e entregar efetivamente. A gestão tem feito tem duas travas fundamentais à ausência o investimento em infraestrutura no Brasil”.