
Foto: Sérgio Dutti
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou do encerramento do XVI Congresso Nacional do PSB na tarde deste domingo (1º), em Brasília.
Em seu discurso, Lula reafirmou sua relação com o PSB. “Nossa relação é carnal, estamos ligados umbilicalmente, e também mentalmente, porque as divergências que temos são pequenas”.
Ele contou sobre sua relação histórica com o PSB, iniciada com o intelectual Antonio Candido, um dos fundadores do partido. E com os ex-presidentes Miguel Arraes e Eduardo Campos.
“Tenho na pessoa do doutor Miguel Arraes muito apreço, ele é a pessoa que eu tive o prazer de ser o único a receber quando retornou do exílio em 1979, por causa da relação histórica, por causa de ser de Pernambuco, por eu admirá-lo e respeitá-lo. Então minha relação com Arraes era muito forte, era de companheiros”, contou.
“Depois de Arraes, veio Eduardo Campos, com quem tinha uma relação muito mais forte, pela nossa afinidade como companheiros, pela nossa correlação”.
Lula afirmou que a democracia não tem limites e que ela é muito melhor construída quando é feita a serviço do povo brasileiro.
Segundo Lula, contar com o vice-presidente do PSB, Geraldo Alckmin, como seu vice-presidente da República e como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços é uma verdadeira lição para a democracia.
“Eu falo do Alckmin porque muitas vezes fazemos avaliações políticas das pessoas por alguns gestos delas no passado e nós só vemos os defeitos, não vemos as virtudes. Alckmin foi meu adversário no passado. E era praticamente impensável por qualquer cientista político imaginar que eu e Alckmin estaríamos juntos na presidência desse país. E mais impensável era o Alckmin vir para o PSB. Porém, é pela construção que a democracia permite que isso aconteceu e, agora, ele é também vice-presidente do PSB”, disse.
Lula defendeu que é preciso levar em consideração a necessidade do fortalecimento dos partidos e da boa relação entre eles para fortalecer a democracia.
“A gente precisa acreditar que se não tiver um partido forte, a democracia fica fragilizada. A gente não pode atender a desejos individuais. O desejo tem que ser coletivo. E se a gente fortalecer o partido é bom pra todo mundo. A democracia tem que ser pra todo mundo”, ressaltou.
Para finalizar, o presidente afirmou que governa para todos, mas seu olhar, sua cabeça e seu coração estão ao lado das pessoas que mais necessitam no país. Além disso, avisou que, nas eleições de 2026, é preciso uma união para combater a volta da extrema-direita ao poder.