O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, lançou a ‘Estratégia Elas Empreendem’, uma iniciativa voltada para criar um ambiente de negócios mais favorável para mulheres empreendedoras. A estratégia busca facilitar o acesso das mulheres a políticas públicas, serviços, dados e informações essenciais para o empreendedorismo feminino.
A iniciativa reúne 23 organizações, incluindo órgãos federais e bancos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES, para promover a inclusão social e econômica, além de contribuir para o desenvolvimento do país. A estratégia leva em consideração questões como maternidade, diversidade e vulnerabilidade, reforçando o compromisso com a criação de oportunidades mais equitativas para as mulheres no mercado de trabalho.
Durante o lançamento, ocorreu a primeira reunião do Comitê de Empreendedorismo Feminino, responsável pela gestão da ‘Elas Empreendem’. O comitê conduzirá projetos estruturados em quatro eixos principais: acesso ao mercado e inclusão socioprodutiva, acesso à tecnologia e inovação, acesso ao crédito, e educação empreendedora. Cada um desses eixos terá seu impacto avaliado e monitorado.
Além disso, foi apresentado no evento um estudo inédito com análise detalhada do panorama do empreendedorismo feminino no Brasil, realizado numa parceria entre o MEMP e os ministérios das Mulheres e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
“São mais de 10 milhões de empreendedoras brasileiras no país, que poderão ser beneficiadas com ampliação da renda, produtividade e sustentabilidade dos seus empreendimentos”, declarou o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, destacando que mulheres inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) terão prioridade.
França lembrou que, como parte da estratégia, o MEMP firmou uma parceria com a Rede Mulher Empreendedora para capacitar mais de 17 mil mulheres que empreendem ou querem empreender.
Ele ainda disse que tanto no Pronampe quanto no Procred 360, aos homens são emprestados 30% do que faturaram nas empresas no ano anterior. E para as mulheres, 50%. “Essa é uma política que efetivamente você favorece um grupo de mulheres a mais do que favorecer os homens. “Ambos são favorecidos, mas para mulheres é um pouco a mais. É verdade que isso traz um grau de compensação, e porque as mulheres são muito mais adimplentes. Então, as mulheres têm uma avaliação que acaba favorecendo, mas nós temos que avançar.”
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a insistência do presidente Lula na construção de um país que priorize a inclusão, especialmente dos mais pobres, garantindo-lhes acesso a alimentos e a todos os processos fundamentais. “Nós precisamos incluir as mulheres nesse processo. É uma grande maioria que está sustentando os nossas lares e as nossas famílias. Somos nós que estamos na linha de frente. A maioria das mulheres é chefe de família e nós precisamos entender que esse é o Brasil, o Brasil mudou. Toda essa realidade vai ser influência como ela vai exercer efetivamente o seu empreendedorismo.”
Participaram da cerimônia, a secretária-executiva adjunta do MDIC, Aline Damasceno; a deputada federal Lídice da Mata, presidente da Frente Parlamentar da Economia Criativa; Cláudio Providas, presidente do PNUD no Brasil; Ana Fontes, presidente da Rede Mulher Empreendedora, além de empreendedoras e representantes da sociedade civil.
Com informações do MEMP