O Brasil elegeu um recorde de 241 pessoas LGBT + para prefeituras e câmaras municipais nas eleições de 2024, um aumento de mais de 400% em relação a 2020, ano em que a comunidade elegeu 48 representantes. Desse total, o PSB garantiu 17 cadeiras, sendo o quarto partido do campo da esquerda com o maior número de assentos.
O levantamento é do programa Vote com Orgulho, da Aliança Nacional LGBTI+, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do programa Vote LGBT.
As vagas foram obtidas em mais de 190 municípios em 22 estados, incluindo três delas para as prefeituras em Alpinópolis (MG), Santa Bárbara do Tegúrio (MG) e Bonito (BA).
Em Alpinópolis, o prefeito socialista Rafael Freire foi reeleito com 62,28% dos votos válidos. Além da vitória na disputa majoritária, a coligação liderada pelo PSB conquistou todos os nove assentos da Câmara Municipal, cenário que deixou a oposição sem vagas, algo inédito na história política do município.
“A LGBT Socialista conduziu um trabalho de quase um ano de mobilização, que envolveu diversos esforços. Esse trabalho incluiu diálogos com a comunidade para identificar e fortalecer potenciais lideranças locais, como no caso de Amanda Gondim e de Gilvan Masfer em Uberlândia”, afirma a secretária da LGBT Socialista, Tathiane Araújo.
“Além disso, nos dedicamos em valorizar quadros importantes, como o prefeito de Alpinópolis, Rafael Freire, reconhecendo sua relevância no contexto político local e seu apoio à causa. Essa abordagem estratégica ajudou a consolidar alianças e a promover a representatividade da comunidade LGBT+ nas esferas política e social”, completa a secretária da LGBT Socialista, segmento organizado do PSB.
Nas capitais, foram eleitas 28 pessoas, das quais 22 são mulheres, incluindo cinco que se autodeclaram trans e travestis. No total, 17 eleitos são negros, sendo 15 mulheres. Porto Alegre (RS) foi o município com o maior número de eleitos LGBT+, com cinco pessoas. São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Natal (RN), Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE) elegeram três pessoas LGBT+ cada.
Com informações de Congresso em Foco, Carta Capital e Brasil de Fato